Amar é Crime

Amor e morte. Começo e fim. Sexo e paixão. Eis as armas do novo livro de contos do escritor pernambucano MARCELINO FREIRE. Uma reunião de “pequenos romances”, como ele chama as 14 histórias do livro, seu primeiro pela EDITH. Ele que teve seus dois últimos livros lançados pela Editora Record, o “Contos Negreiros” (Prêmio Jabuti de 2006) e o “RASIF – Mar que Arrebenta” (2008). Amar é Crime traz de volta o estilo inconfudível de FREIRE – contos que mais parecem “cantos”, numa espécie de mistura sonora entre ficção e repente. “Só que agora com um pouco mais de fôlego”, avisa o escritor que é conhecido por suas narrativas curtas e, até, por seus microcontos (o livro, no final, traz, inclusive, alguns dos microcontos que ele, faz tempo, divulga na internet). Foi MARCELINO FREIRE que idealizou e organizou, bem antes da onda do Twitter, a antologia “Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século” (2004, Ateliê Editorial), em que convidou cem escritores a escreverem contos de até 50 letras. “A concisão faz parte do ofício de qualquer poeta e prosador”, afirma. Concisão que também está presente no seu novo livro. “Amor e morte são quase uma palavra só, é ou não é?”. E Amar é Crime também é pioneiro. É o primeiro livro de escritor brasileiro contemporâneo a ser lançado, antes, em versão digital.