Políticas do sensível

ARTE E URGÊNCIA

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Artur Freitas
Paulo Reis
Vinícius Honesko
(organizadores)

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A atualidade incorrigível da arte nos predispõe a lidar não apenas com o “passado histórico”, aquele agenciado pelos historiadores de ofício, mas também com o chamado “passado prático”, que se estabelece a serviço do presente. Nas obras, personagens e exposições de arte analisadas neste livro, a intervenção no presente é, mais que um problema de estilo, uma necessidade, uma urgência política. Uma das questões que aqui se coloca é perceber, na imbricação das urgências de hoje e de ontem, a perpetuação de traumas históricos e opressões sociais ainda hoje irresolvidas, mas também a sobrevivência paralela de resistências civis e desejos fabulados. No plano da arte, é a essa capacidade de fabulação de devires outros que nos reportamos quando falamos em políticas de sensibilidade. Para abordar as diversas formas de política do sensível em regimes de urgência histórica, os textos deste livro giram em torno de questões relacionadas às exposições de arte e dissenso crítico, à produção artística e resistência em perspectiva historiográfica e, por fim, à estética e política no tempo presente.