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Estética de resistência no pós-1964

 

Daniel Martins Valentini . Antonio Rago (orgs.) .

 

Revalorizando e rediscutindo a arte e a estética da primeira geração de modernos, surgiram, em fins dos anos 1950, movimentos que – ao perceberem o crescimento do embate entre as classes - se aproximaram da cultura popular, redi­mensionando o entendimento de arte moderna, por meio da busca de uma expansão do público e da possibilidade, em alguns casos, de tornarem-se produtores, livrando-se da in­gerência e das armadilhas da indústria cultural, ao menos por algum tempo, mesmo curto. O diálogo com a realidade movimentou uma (na verdade mais) geração de artistas que não se contentavam com as respostas prontas e que ousavam acreditar em outros caminhos possíveis. O sonho, materializado em obras hoje fundamentais para o enten­dimento de nossa cultura, foi escurecido em subterrâneos e “Ministérios das informações” (Orwell, 2001), por meio de cortes em papéis e em carnes. Por ainda “sentirem o cheiro humano” (Bloch, 2002), foram perseguidos por tecnocratas e militares golpistas, numa aliança obscuran­tista, misóloga e misantropa. Resgatar os impactos diretos desses pensamentos nos motiva a enxergar “as centelhas da esperança” (Benjamin, 2012), a perceber nossa arte como capaz de desafiar vontades perversas e a indiferença ou neutralidade frente a elas.

 

 

SUMÁRIO

 

“Eu digo não ao não!” Contracultura e resistência no Brasil autoritário dos anos 70, Valéria Aparecida Alves

 

 

Barra 69: aspectos do espetáculo de despedida de Gilberto Gil e Caetano Veloso rumo ao exílio, Sérgio Estephan

 

 

A Grande Cidade: Desventuras na “cidade maravilhosa” em tempos de ditadura, Mariana Gonçalves Barbedo

 

 

O Leão de Sete Cabeças, um filme afro-brasileiro e diaspórico, Victor Martins

A televisão como espaço de resistência à Ditadura: a inserção dos dramaturgos de esquerda nas telenovelas brasileiras, Mauricio Tintori Piqueira

 

 

“De volta aos bons tempos” – a representação da abertura política presente nos fanzines punks (1983 -1988), Gustavo dos Santos Prado

 

 

O Rei da Vela e o Oficina (1967-1982): censura e dramaturgia, Lis de Freitas Coutinho

 

 

Trouxas, parangolés e outros mistérios: artes visuais, tortura e censura nos anos de chumbo, Bruno G. Muneratto

 

 

O Teatro Oficina e a resistência à modernização conservadora, Daniel Martins Valentini

 

Valéria Aparecida Alves . Sérgio Estephan . Mariana Gonçalves Barbedo . Victor Martins . Mauricio Tintori Piqueira . Gustavo dos Santos Prado . Lis de Freitas Coutinho . Bruno G. Muneratto

 

 

 

​ISBN: 978-85-8499-081-8
Formato:16x23 cm​
​Paginas: 220

​Preço:R$ 45,00

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