Beatriz Furtado

 

O que Beatriz Furtado mostra é que não há pensamento sem insubmissão à exigência do “Mesmo”, eis por que procurar uma essência, um absoluto para o pensamento é uma empresa fadada ao fracasso. A imagem vai adquirir a potência, a força, ao devir como “processo”, mediada também pela afirmação de uma dimensão não filosófica da imagem. Logo, não só um pensamento sem imagem, contudo, uma “nova imagem do pensamento”. Imagem errante, rizomática, sem origem, sempre por vir, sob a força de uma estética do efêmero. O intensivo no cinema de Aleksander Sokurov como acontecimento, est-ética, acoplada aos perceptos e afectos próprios ao pensamento artístico inserida em relações estreitas com o conceito, como alianças que abrem para o devir, o contrário, pois, da repetição sem diferença ou do hábito durador. (Daniel Lins)