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KIERKEGAARD E A DIALÉTICA

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Marconi Oliveira da Silva

Kierkegaard chama dialética qualitativa às mudanças efetuadas na existência dos indivíduos. Esses indivíduos não são conceitos nem categorias, mas vidas apaixonadas
que se reinventam a cada instante. Os estádios da vida de Kierkegaard denotam esta dialética qualitativa. As pessoas diante das possibilidades devem decidir o que quer ser. Nada é automático e fora da existência. E como diz o flósofo dinamarquês, “tudo depende da capacidade de distinguir entre a dialética quantitativa e qualitativa. Toda lógica não é
nada além de dialética quantitativa ou modal, porque para ela tudo ‘é’ e tudo é unidade e identidade. Na esfera da existência, por outro lado, reina a dialética qualitativa.” (Diário VII A 84)