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Ociosos e sedicionários – populações indígenas e os tempos do trabalho nos Campos de Piratininga (século XVII)

Gustavo Velloso

Os europeus encontraram no sul do continente americano um número considerável de grupos nativos que, a despeito da sua diversidade, compartilhavam semelhantes padrões de assentamento e expectativas relacionadas ao trabalho produtivo, envolvendo os ideais de “esforço conveniente” (na ausência de mercado e trabalho especializado) e “recomeço” – ambas sintetizadas na narrativa tupi-guarani sobre uma terra onde a obtenção de alimentos prescindiria do trabalho humano: yvy marane’ ỹ. Progressivamente, as expectativas daqueles índios foram sendo inviabilizadas pelo estranhamento decorrente de sua incorporação numa complexa estrutura de produção de excedentes de cujos controle, sentido e ritmos de trabalho eles se encontravam, grosso modo, alienados. Tentativas de restabelecimento da situação anterior estavam na origem de suas reações violentas, bem como nas fugas individuais e coletivas que realizaram em momentos cruciais da história colonial paulista.

Coedição: CNPq/USP


 

SUMÁRIO

PRIMEIRA PARTE – Condições e elementos históricos da colonização paulista

Capítulo 1: Tempos do trabalho indígena pré-colonial

Capítulo 2: São Paulo no século XVII, visão geral: uma sociedade agrícola e comercial de média densidade, sustentada pela força de trabalho indígena

SEGUNDA PARTE – A situação da força de trabalho indígena nas variadas esferas de produção: tempo, trabalho e a formação de um serviço regular

Capítulo 3: Ofícios manuais e mecânicos: a produção manufatureira dos meios de produção agrícola

Capítulo 4: Ritmos da produção agrícola e do processamento das colheitas

Capítulo 5: “Ora et labora”

TERCEIRA PARTE – Descortinando tensões: violência e retorno

Capítulo 6: A sociedade contra o moderno tempo do trabalho?

​ISBN: 978-85-8499-116-7
Formato:16x23 cm​
​Paginas: 334

​Preço:R$ 55,00

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