NEO-POEMAS-PAGÃOS

Este livro de poemas, escritos descontinuamente entre 2003 e 2010, em Lisboa, Porto, Algarve e São Paulo, organiza-se em duas partes de sete capítulos irregulares cada, em torno de um núcleo central constituído apenas por um pequeno soneto duplo, por isso chamado NUCLEAR, faz um alerta o seu autor, o poeta português Ernesto Manuel de Melo e Castro. Para ler este livro, o leitor, ao chegar ao soneto NUCLEAR, lerá a primeira parte (14 versos) e, seguindo a indicação da seta, rodará o livro no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, lendo então a segunda parte do poema (outros 14 versos). Se seguir a segunda seta terá uma leitura circular e interminável deste soneto a que, por isso mesmo, é chamado de nuclear. Mas se, uma vez virado o livro 180 graus, passar para a folha seguinte à sua esquerda, encontrará a segunda parte do livro na direção normal de leitura. Assim o folhear deverá ser feito da esquerda para a direita, até ao fim. Este livro propõe-se portanto, como um objeto complexo que, por processos puramente mecânicos, apela para uma virtualização complementar das estruturas létricas e imagéticas que o constituem, ao mesmo tempo subvertendo os hábitos de leitura.