Teatro filosófico – uma concepção de filosofia à luz de Michel Foucault
Luiz de Camargo Pires Neto
Michel Foucault (1926-1984) é um pensador reconhecido por estabelecer uma relação peculiar com a filosofia: afirma numerosas vezes que não pode ser considerado filósofo, critica a maneira como ela é exercida e propõe, de forma rigorosa e criativa, outra maneira de praticá-la. Interessado em compreender as transformações do pensamento, ele investiga o passado para diagnosticar o presente, inventa conceitos, constrói ideias e destrói evidências. Apaixonado pelo novo e disposto a correr riscos, desenvolve sua trajetória intelectual em busca de novas formas de agir e de pensar. Este trabalho investiga uma concepção de filosofia à luz de Michel Foucault. Utilizando o recurso da metáfora, esta elaboração é apresentada como teatro filosófico que possibilita “pensar diferentemente do que se pensa, e perceber diferentemente do que se vê”.
SUMÁRIO
Apresentação – Salma Tannus Muchail
INTRODUÇÃO
O que é a filosofia?
A proposta do uso de metáforas
Metodologia e organização
CAPÍTULO 1. APROXIMAÇÕES ENTRE FOUCAULT E O TEATRO
-
O teatro como ferramenta conceitual para a filosofia
Filosofia e teatro: distanciamentos e aproximações
O teatro como ferramenta conceitual para o pensamento de Foucault
Theatrum philosophicum: uma ferramenta conceitual de Foucault, leitor de Deleuze
-
O teatro nas análises foucaultianas
Menções ao teatro nos livros e nos cursos de Foucault
Cenas da verdade
O teatro barroco e o teatro de Artaud
-
A prática teatral de (e baseada em) Foucault
Grupos de teatro e encenações
O teatro radiofônico de Foucault
A teatralidade de Foucault
O teatro com base em Foucault
CAPÍTULO 2. O PALCO: O ESPAÇO DA (NA) FILOSOFIA DE MICHEL FOUCAULT
2.1 Palco: do lugar teatral, espaço cênico ao espaço do “teatro filosófico”
2.2 O palco da filosofia: um espaço epistêmico
2.3 O palco da filosofia: um espaço heterotópico
CAPÍTULO 3. O ATOR: ATUAÇÕES E GESTOS DE MICHEL FOUCAULT
3.1 Ator: do intérprete teatral ao filósofo artista
3.2 O professor-filósofo como ator do teatro filosófico
Professor Foucault, ator do teatro filosófico
Professor militante, ator engajado
Os gestos do ator-professor
3.3 O a(u)tor, filósofo mascarado
O desaparecimento do autor
O aparecimento do ator
Os gestos do ator-filósofo
CAPÍTULO 4. A ENCENAÇÃO: O “FAZER FILOSÓFICO” DE MICHEL FOUCAULT
4.1 Da encenação teatral à encenação da filosofia
4.2 Encenação filosófica: relações entre o fazer filosófico e o presente
Encenação da filosofia como “jornalismo radical”
Encenação da filosofia como diagnóstico do presente e “impaciência da liberdade”
4.3 Encenação filosófica: transgressão e experiência limite
Encenação da filosofia como transgressão
Encenação da filosofia como experiência-limite
4.4 Encenação filosófica: a leitura dos filósofos
Encenação da filosofia nas leituras “indiretas” de Foucault
Encenação da filosofia nas leituras “diretas” de Foucault
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
ISBN: 978-85-8499-182-2
Formato: 16x23 cm
Paginas: 192
Preço:R$ 48,00